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O Memorial do Holocausto de Miami Beach

Descobri o Memorial do Holocausto de Miami Beach por acaso, pelo google maps, quando andava de carro indo para algum outro lugar. Eu nunca havia lido nada sobre a existência deste memorial na cidade. Achei curioso o fato de não ser um local muito divulgado para quem vai conhecer Miami e resolvi visitá-lo. Tenho bastante apreço por visitar memoriais. Geralmente, estas visitas não são prazerosas, porém, acho que são importantes e necessárias para que tenhamos conhecimento da história e possamos refletir e aprender com ela.

Memorial do Holocausto de Miami Beach

Este memorial foi pensado em 1984 por um pequeno grupo de sobreviventes do holocausto. Em seguida, foi formado um comitê para decidir sobre a sua construção, que durou mais de quatro anos. A cidade de Miami Beach foi escolhida como localização do memorial, devido ao fato de que o sul da Flórida era o local com a maior comunidade de sobreviventes do holocausto dos Estados Unidos. O grande desafio de transmitir, através de um monumento, a mensagem inimaginável do que foi o holocausto, foi dado ao arquiteto Kenneth Treister. Ele retratou os horrores vividos pelos judeus sob o domínio dos nazistas, através de uma enorme escultura de um braço estendido, tatuado com um número de Auschwitz e com a mão alcançando o céu. Agarradas ao braço, estão centenas de figuras humanas buscando ajuda. Ao redor, há algumas outras esculturas de corpos esqueléticos, uma mulher nua segurando seu bebê e uma criança pequena chorando debaixo de um cobertor. Nos muros, foram esculpidos em granito, os nomes de milhares de vítimas do holocausto. O santuário tem como objetivo, lembrar os mais de 6 milhões de judeus assassinados e expressar em fotografias e esculturas, a história e a tristeza do holocausto, para que as gerações futuras nunca esqueçam o que aconteceu.

Apesar deste memorial ser um lugar que carrega uma história triste, a primeira impressão que tive foi de um lugar bonito e tranquilo. Fiquei um tempo observando o lago, com a escultura do braço no meio e caminhei pelo corredor onde se encontram os muros com os nomes das vítimas. Por fim, passei pelo corredor que leva ao monumento principal, que foi a parte que mais me causou impacto. A visita ao memorial não é longa e não é preciso pagar para entrar. Então, costumo sugerir que, quando em Miami, dediquem uma pequena parte do tempo para lembrar este período fatídico da história que não queremos repetir.

Saiba mais em: http://holocaustmemorialmiamibeach.org/

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